domingo, 19 de setembro de 2010

Pesquisa – Perfil do eleitor

Marque um X nas opções abaixo




1) Idade:

a) 16 a 25 anos

b) 25 a 40 anos

c) 40 a 50 anos

d) 60 a 70 anos

e) Mais de 70



2) Ocupação:

a) empregado

b) desempregado

c) aposentado

d) outros______________



3) Renda:

a) menos de um salário

b) 1 salário mínimo

c) 2 a 5 salários

d) 5 a 10 salários

e) 10 a 15 salários



4) O que você acha da política?

a) vem com desinteresse

b) acha complicado

c) acha um assunto importante

d) acha um assunto empolgante

e) só lembra na época das eleições



5) Que temas da vida do país você gosta de discutir? (pode ser marcado mais de um tema se caso quiser)

a) analfabetismo

b) emprego

c) moradia

d) distribuição de renda

e) inflação

f) desemprego

g) violência

h) educação



6) Quando escolhe um candidato para qualquer cargo político, você tem como preferência:

a) o partido ao qual o candidato pertence

b) as idéias do candidato

c) os favores que ele oferece

d) o partido e as idéias do candidato

e) o passado limpo do candidato

f) um candidato que “rouba, mas faz”



7. Você assiste ao horário eleitoral gratuito?

a) todos os dias

b) nos fins de semana

c) algumas vezes

d) nunca vê os programas



8. Como você se informa sobre as propostas dos candidatos?

a) Jornais

b) Revistas

c) Debates políticos na TV

d) Pelos sites do candidato na Internet

e) No ambiente de trabalho, amigos, família

f) Horário eleitoral na TV

g) Folhetos de campanha





9. Você sabe diferenciar o um partido de direta, centro e esquerda?

a) sim

b) não



10. Você tem o costume de acompanhar o trabalho dos políticos que você ajudou a eleger?

a) sim

b) não



11. Nas últimas eleições foi introduzida a urna eletrônica. Você a considera:

a) segura pois evita fraudes

b) insegura pois pode levar a fraude

c) complicada pois as pessoas não sabem lidar com ela



12. Há alguns dias das eleições você já tem os nomes certos para os cargos de:

• Deputado federal

a) Sim

b) Não



• Deputado estadual

a) Sim

b) Não



• Senador 1

a) Sim

b) Não



• Senador 2

a) Sim

b) Não



• Governador

a) Sim

b) Não



• Presidente

a) Sim

b) Não

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Carta de Olga Benário

“Queridos:


Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças - ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte.  Carlos, querido, amado meu: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Conformar-me-ia, mesmo se não pudesse ter-te muito próximo, que teus olhos mais uma vez me olhassem.  E queria ver teu sorriso.  Quero-os a ambos, tanto, tanto.  E estou tão agradecida à vida, por ela haver me dado a ambos.  Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei.  Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha?

Querida Anita, Meu querido marido, meu garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça pois parece que hoje as forças não conseguem alcançar-me para suportar algo tão terrível. É precisamente por isso que me esforço para despedir-me de vocês agora, para não ter que fazê-lo nas últimas e difíceis horas.  Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta.  De ti aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas.  Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. Beijos pela última vez.

Olga.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A ERA VARGAS (1930-1945)

1 - O PERÍODO PROVISÓRIO (1930 – 1934):


Decretos-lei.
Nomeação de interventores.
Atrelamento de sindicatos ao governo.
Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (a cargo de Lindolfo Collor).
Criação de leis trabalhistas: 8hs diárias, salário mínimo, aposentadoria, férias, estabilidade...


Revolução Constitucionalista (SP – 1932):
Oligarquia paulista insatisfeita com exclusão do poder.
Classe média urbana insatisfeita com autoritarismo varguista.
Símbolo da luta: MMDC (sigla retirada de estudantes mortos em manifestações, cujos sobrenomes eram Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo).
Objetivo: constituição.
Resultado: vitória militar de Vargas e convocação de eleições para a Assembléia nacional constituinte em 1933.


2 - O PERÍODO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937):


A constituição de 1934:
Voto secreto, obrigatório, direto.
Voto feminino (excluindo-se analfabetos).
Justiça eleitoral.
Corporativismo.
Confirmação de leis trabalhistas.
Mandato presidencial de 4 anos.
1º presidente eleito indiretamente: Getúlio Vargas.
Intervenção do Estado na exploração de minérios.


Formação de 2 correntes políticas antagônicas influenciadas pela conjuntura internacional.


AIB (Ação Integralista Brasileira):
Grupo fascista.
Plínio Salgado (líder).
Condenavam o capitalismo financeiro internacional (associado aos judeus) mas não a propriedade privada.
Totalitarismo, unipartidarismo e Estado centralizado forte.
Lema: “Deus, Pátria e Família”.
Saudação: ANAUÊ
Apoiados por setores da Igreja (combate ao “comunismo ateu”), classe média alta, empresários capitalistas e imigrantes ou descendentes de imigrantes ítalo-germânicos radicados especialmente no RS e SC.




ANL (Aliança Nacional Libertadora):
Aliança de esquerda reunindo comunistas, socialistas, democratas e simpatizantes de esquerda em geral.
Luís Carlos Prestes (líder).
Defendiam o não pagamento da dívida externa, reforma agrária e respeito às liberdades individuais (direito de greve, imprensa livre...), nacionalização de empresas estrangeiras e governo popular;
Getúlio coloca a ANL na ilegalidade (Jul/1935).
Nov/1935 - Intentona Comunista: tentativa de golpe por membros da ANL. Mal organizada, fracassou rapidamente. Seus líderes (incluindo Prestes) foram presos.
1937: Divulgação do “Plano Cohen” (suposto plano comunista para tomar o poder).
Congresso é fechado e eleições suspensas.




3 - O ESTADO NOVO (1937 – 1945):


Nova constituição (1937): POLACA (constituição fascista).
Estado de Emergência permanente – plenos poderes ao presidente e a polícia.
Congresso fechado – decretos-lei.
Proibição de greves.
Censura permanente (DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda).
Prisão de qualquer opositor.
Apoio das forças armadas.
Simpatia ao fascismo.
Ausência de qualquer partido (até a AIB foi fechada).
1938 - Intentona Integralista:
Golpe fracassado da AIB.
Líderes presos.
Plínio Salgado exila-se em Portugal.
Política internacional pragmática:
Exploração de rivalidades para obter vantagens para o Brasil.
Projeto de industrialização.
1942: Navios brasileiros são afundados por submarinos alemães.
Brasil declara guerra ao Eixo (ALE + ITA + JAP).
1943: Edição da CLT (controle dos trabalhadores).
1944: FEB (Força Expedicionária Brasileira) desembarca na Itália com aproximadamente 25 mil homens.
Luta contra o nazifascismo estabelece contradição interna: ditadura lutando ao lado das “forças pró-democracia”.
Diversos setores sociais começam a pedir democracia interna (entre eles a UNE, criada em 1937, os meios de comunicação, apesar da censura...).
Vargas convoca eleições para 1945, acaba com a censura e anistia presos políticos.
Vargas aproxima-se até dos comunistas para permanecer no poder.
Propõe uma “Lei Anti-Truste” que desagrada os EUA.
Em 1945, é afastado do poder pelo exército (influenciado pelos EUA), que temia uma nova tentativa golpista do presidente. Vargas retorna para São Borja e é eleito posteriormente senador por dois estados ao mesmo tempo (RS e SP).
José Linhares (presidente do STF) assume o poder até que as eleições tivessem transcorrido e o novo presidente assumisse.


4 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GOVERNO VARGAS:


POPULISMO – tipo de governo que possui as seguintes características: autoritarismo, estatismo, corporativismo, culto ao líder combinado com concessões parciais a camada mais pobre da população visando obter seu apoio. Ocorreu na América Latina entre os anos 30 e 50, e tem em Getúlio Vargas, no Brasil, Juan Domingo Perón, na Argentina e Lázaro Cardenas, no México seus mais notórios representantes.
O Estado era o “mediador” dos conflitos sociais.
Nacionalismo econômico, com criação de empresas estatais e obras públicas.
Intervenção do Estado na economia, inspirado no modelo do “New Deal” norte-americano.
Controle dos trabalhadores com criação de leis (a CLT, é um exemplo disso) e atrelamento dos sindicatos.
Utilização intensa de propaganda governamental e censura, com a criação da DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que cuidadosamente “fabrica” a imagem do “pai do trabalhador”.
Descaso com o trabalhador rural (as leis trabalhistas não chegavam no campo).
Aproximação com camadas populares urbanas.
Incentivo ao mercado interno.
Recuperação do preço do café (queima de estoque).
Incentivos a indústria nacional (especialmente a de base durante a II Guerra Mundial), com a criação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a nacionalização de refinarias de petróleo.

Esquema tirado de www.capitalsocialsul.com.br/capitalsocialsul/.../Era%20Vargas.ppt

domingo, 20 de junho de 2010

FRASE DE UM HISTORIADOR

A história precisa ser reescrita a cada geração, porque embora o passado não mude, o presente se modifica; cada geração formula novas perguntas ao passado e encontra novas áreas de simpatia à medida que revive distintos aspectos das experiências de suas predecessoras.

Christopher Hill - O Mundo de Ponta Cabeça.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

REVOLUÇOES INGLESAS

Absolutismo na Inglaterra

Elizabeth I morre em 1603 - Fim da dinastia Tudor. O descendente mais próximo é Jaime VI (Rei da Escócia). Este assume o poder com o nome de Jaime I dando início a dinastia de Stuart.

Governo de Jaime I

• Fortalecimento do absolutismo com base no direito divino dos reis.
• Supremacia da Igreja Anglicana.
• Perseguição aos católicos e puritanos (calvinistas)
• Para ampliar o exército, o rei pede verbas ao parlamento, para que este autorizasse o aumento dos impostos. O parlamento veta o aumento de impostos. Em represália Jaime I dissolve o parlamento (1614).
• A perseguição promoveu a migração em massa para a América do Norte formando as 13 colônias dos EUA.
• Morte de Jaime I - assume o poder seu filho Carlos I.

Governo de Carlos I

Assume o poder sob a condição de assinar a Petição de direitos (1628) — comprometendo-se a não aumentar os impostos sem prévia autorização do parlamento.
No ano seguinte, Carlos I dissolve o parlamento. Entre as medidas tomadas por Carlos I, temos a imposição da religião anglicana na Escócia.
Os escoceses não aceitam e seus exércitos invadem a Inglaterra. Carlos I recorre ao parlamento a fim de solicitar para combater os escoceses. O parlamento aceita, impondo várias limitações ao rei.

Guerra civil (1642 - 1649)

Em 1641 eclodiu uma revolta na Irlanda Católica. O parlamento negou a Carlos I, o comando do exército a menos que este se submetesse ao parlamento.
Carlos I não aceita e invade o parlamento e prende seus líderes, isto desencadeia o início de uma guerra civil entre:

Cavaleiros                     X            Cabeças Redondas (defensores do rei)                                         (defensores do parlamento chefiado por Cromwell)

Defensores do rei Defensores do parlamento chefiados por Oliver Cromwell
Cromwell vence as tropas do rei e assume o poder instituindo a república Puritana.



A República Puritana (1649 - 1660)



Cromwell assume o poder consolidando a república.
Entre as medidas mais importantes temos os atos de navegação — 1651 (pelos quais ficou estabelecido que todas as mercadorias importantes deveriam vir da Inglaterra em navios ingleses ou em navios de seus países de origem).

Objetivos dos atos de navegação



Esses decretos não só estimularam o desenvolvimento econômico, como também reforçou a defesa nacional. Fortalecido, Cromwell dissolveu o parlamento em 1653 e proclamou-se “Conde Protetor das repúblicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda” e começou a exercer uma ditadura pessoal que durou até 1658, ano de sua morte. Assume o poder seu filho Ricardo que abdicou promovendo a restauração Monárquica.

Restauração Monárquica



Carlos II assume em 1660, retomando ao trono a família Stuart. Características do governo de Carlos II.



• Perseguição aos Puritanos.
• Restauração da Igreja Anglicana.
• Fez um acordo com o parlamento
• Acordo com a frança: Determinava o acordo que em troca de empréstimos o rei Carlos II comprometia-se a conceder a liberdade de culto aos católicos. Isto provocou a reação da Igreja Anglicana. Seu sucessor Jaime II. Era católico, colocando seus partidários em importantes cargos políticos na Inglaterra.



Revolução Gloriosa



O parlamento decidiu depor o Rei e oferecer a coroa inglesa a Guilherme de Orange (Rei da Holanda). Este era casado com Maria Stuart, filha do 1° casamento de Jaime II. A vinda de Guilherme de Orange para a Inglaterra provocou a fuga de Jaime II. Para França. Este conflito sem derramamento de sangue entre o parlamento e a monarquia foi denominado revolução Gloriosa. Guilherme de Orange foi coroado Rei como Guilherme III. Ele assinou a Declaração De Direitos que determinava:



• Garantia de liberdade de imprensa individual e propriedade privada.
• Confirmação do Anglicanismo, religião oficial e tolerância a todos os cultos exceto ao católico;
• Assegurava ao parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia de liberdade individual e a propriedade privada;
• Estabelecia o princípio da divisão de poderes (legislativo, executivo e judiciário);
• Institui uma Monarquia Constitucional Parlamentar na Inglaterra.

QUESTÃO SOBRE GUERRA CIVIL ESPANHOLA

(ENEM/2002) A leitura do poema Descrição da guerra em Guernica traz à lembrança o famoso quadro de Picasso.

Entra pela janela
o anjo camponês;
com a terceira luz na mão;
minucioso, habituado
aos interiores de cereal,
aos utensílios que dormem na fuligem;
os seus olhos rurais
não compreendem bem os símbolos
desta colheita: hélices,
motores furiosos;
e estende mais o braço; planta
no ar, como uma árvore
a chama do candeeiro.
(...)
Carlos de Oliveira. In ANDRADE, Eugénio. Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa. Porto: Campo das Letras, 1999.


Uma análise cuidadosa do quadro permite que se identifiquem as cenas referidas nos trechos do poema.







Imagem: Picasso, Pablo. Guernica, 1937. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid.




Podem ser relacionadas ao texto lido as partes:

(A) a1, a2, a3
(B) f1, e1, d1
(C) e1, d1, c1
(D) c1, c2, c3
(E) e1, e2, e3

TRABALHO SOBRE O FILME – MATEMÁTICA DO DIABO

3oD, 3oE, 3of, 3oG, 3oH

• título original:The Devil's Arithmetic
• gênero:Drama
• duração:01 hs 35 min
• ano de lançamento:1999
• estúdio:Showtime Networks Inc. / Millbrook Farm Productions / Punch Production Inc.
• distribuidora:Showtime Networks Inc.
• direção: Donna Deitch
• roteiro:Robert J. Avrech, baseado em romance de Jane Yolen
• produção:Lee Gottsegen, Tom Kuhn, Murray Schisgal e Fred Weintraub
• música:Frederic Talgorn
• fotografia:Jacek Laskus
• direção de arte:Galius Klicius e Bob Sher
• figurino:Alex Kavanagh e Daiva Petrulyte
• edição:Robin Katz
• efeitos especiais:

sinopse:

Hannah Stern (Kirsten Dunst) é uma jovem de origem judaica, que não dá a devida importância para suas raízes. Tudo muda quando, misteriosamente, ela volta no tempo e vai parar em 1941, na Polônia, quando o país foi invadido pelo nazistas. Sem entender direito o que está acontecendo, ela acaba sendo presa e mandada para um campo de concentração. Apesar de nunca ter dado a devida atenção, ela sabe que seis milhões de judeus morrerão nos próximos anos.

elenco:

• Kirsten Dunst (Hannah Stern)
• Brittany Murphy (Rivkah)
• Paul Freeman (Rabbi)
• Mimi Rogers (Leonore Stern)
• Louise Fletcher (Tia Eva)
• Nitzan Sharron (Ariel)
• Shelly Skandrani (Leah)
• Daniel Brocklebank (Shmuel)
• Heather Bertram (Mary)
• Caterina Scorsone (Jessica)
• Lina Avizienis (Dorrie)

Reflexões sobre o filme

PARTE 1 – conceitos

01. Utilizando a internet pesquise o significado das palavras-chave contidas no filme:

a. Povos semitas
b. Judaísmo
c. Anti-semitismo
d. Totalitarismo
e. Nazismo
f. Shoah
g. Holocausto
h. Campos de concentração
i. Arianismo

PARTE 2 – Origens históricas

02. Após a pesquisa das palavras explique sobre a perseguição aos judeus em suas origens históricas.

03. No século XX que motivos Hitler defendeu para justificar a perseguição aos judeus na Alemanha nazista?

PARTE 3 – Discutindo o filme

04. Como a personagem principal passa de um estado de alienação para outro de conscientização.

05. O titulo do filme “Matemática do Diabo” nos faz pensar sobre o uso dos cálculos e números orientados para o ideal nazista. Descreva o uso de tal matemática com exemplos que aparecem no filme.

06. Ao ser enviada para um campo de concentração a personagem e seus parentes bem como outros passam por um processo de despersonalização. Como ocorre, pela visualização do filme, esse processo até a solução final ou a conclusão da matematica do diabo?

07. Em sua opinião a valorização da raça pura pregada por Adolf Hitler e a ênfase ao anti-semitismo colaboram para o ideal da boa política? O que você(s) proporiam para os dias de hoje não tomarem como exemplo o nazismo e o holocausto?

domingo, 13 de junho de 2010

RESUMO - Segundo Reinado (9o ano)

SEGUNDO REINADO – POLÌTICA, ECONOMIA E SOCIEDADE

Organização Política

Com o segundo o surgimento do Segundo Reinado após anos de agitação política nas Regências ocorre uma relativa paz interna do país. Passa a existir um modelo de centralização político-administrativa e uma integridade territorial.
Na prática, o poder central é o soberano e aplica um modelo de parlamentarismo “às avessas”. Ao contrário do modelo inglês em que o rei tem apenas função representativa (Estado) e o parlamento tem o poder decisório, no Brasil era o poder real quem determinava a escolha de ministros e cargos.

Economia e Sociedade

O café tornou-se no século XIX o principal produto econômico exportado e o principal fator de riqueza do pais. Desenvolveu-se no RJ, ES, sul de MG e SP, seguindo inicialmente o Vale do Paraíba e depois o “Oeste Paulista” (na época a região que abrangia Campinas, Rio Claro, Piracicaba, Limeira entre outras que possuíam a existência de terra roxa excelente para a lavoura)
Seu desenvolvimento foi abalado em parte pelo decreto inglês que proibia o tráfico de escravos (Bill Aberdeen, 1845) que mais tarde foi reconhecida no Brasil com o a Lei Eusébio de Queiroz (1850) que confirmava a mesma proibição.
Assim optou-se no Brasil pela imigração européia. Em principio adotou-se o sistema de parceria no qual o colono trabalhava na lavoura e dividia, numa certa proporção, o produto do trabalho ao fazendeiro. Porém, o colono que recebia ao final da safra empatava seu salário na divida do seu transporte para o pais. Esse fato levou a uma espécie de escravidão disfarçada e a protestos de imigrantes.
Posteriormente o imigrante passou a ter seu transporte pago pelo governo, salário fixo e bonificação no final da colheita. Desse modo a lavoura cafeeira expandiu-se.
Desse fato, constata-se que houve um deslocamento do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste, fez surgiu uma sociedade em convivência com o trabalho livre e o escravo, gerou capitais que puderam ser investidos em outras atividades. Desenvolveu-se a malha ferroviária em direção a São Paulo (capital) e a Santos (porto). Viu-se nesse momento o surgimento de uma elite empresarial nova e dinâmica que soube usar o Estado como instrumento dos seus interesses.
Outros produtos como algodão, cacau, couros e peles e borracha também tiveram seu destaque nesse período.
Podemos também notar nesse período um surto manufatureiro motivado principalmente por alguns fatores como: Tarifa Alves Branco (1844) que aumentando o preço de produtos estrangeiros favoreceu a produção nacional; A Lei Eusébio de Queiroz que proibindo o trafico de escravos, fez o dinheiro se orientar para investimentos industriais; a presença de imigrantes, mão-de-obra livre, fez aumentar o mercado consumidor interno; e ao pioneirismo de Irineu Evangelista de Souza com seus empreendimentos industriais e comerciais que infelizmente não tiveram apoio do governo.

Política Externa do Segundo Reinado

1) Questão Christie (1863)

Destacam-se nesse período os problemas com relação ao trafico de escravos com a Inglaterra e os incidentes diplomáticos envolvendo o embaixador William Christie. Quando um navio inglês transportava mercadorias para o Uruguai, naufragou no litoral do Rio Grande do Sul e sua carga, resgatada para a costa, acabou sendo roubada. O embaixador inglês no RJ irritado com o fato, exigiu que um oficial inglês acompanhasse as investigações. Enquanto isso, alguns oficiais ingleses embriagados foram presos por autoridades brasileiras. Mesmo com o pagamento da fiança Christie exigiu o pagamento da mercadoria roubada e demissão dos policiais que prenderam os ingleses. Diante da negativa do Brasil ao embaixador este ordena o aprisionamento de cinco navios brasileiros no RJ. Houve vários protestos contra os ingleses e D. Pedro II exigiu que a Inglaterra pedisse desculpas oficiais dos ingleses o que foi negado. Assim, o imperador rompe relações diplomáticas com a Inglaterra. Somente em 1865 as relações foram reatadas.

SEGUNDO REINADO – MOMENTOS FINAIS


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864 a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia.
Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.
Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
Conclusão: Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.
No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
Crise da Monarquia
A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:
• Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;
• Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
• A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;
• Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;
Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.
A Proclamação da República
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

1492 – A conquista do Paraíso

Trabalho sobre o filme

1ª. Parte – entrega das anotações do filme

2ª. Parte – resumo pessoal

3ª parte – questões


Questões

1) Descreva sobre a Espanha que aparece no filme no ano de 1492.


2) Qual era o projeto de Cristóvão Colombo e que idéias sustentavam sua viagem?


3) Como foi a apresentação do seu projeto na Universidade de Salamanca? Porque ele foi rejeitado?


4) Quais os interesses em torno do projeto de Cristóvão Colombo?


5) Como Cristóvão Colombo conseguiu que seu projeto fosse aprovado?


6) Como foi a relação entre brancos e índios no primeiro contato (primeira viagem) e no segundo contato (segunda viagem)?


7) No filme existe uma cena onde os índios deixavam um porção de ouro na mesa de um fiscal. Pergunta-se a que tipo de trabalho escravo esses índios foram submetidos?


8) Explique a frase pensando sobre a idealizada conquista do Paraíso o qual Cristóvão Colombo acreditava existir: “Acredito no céu e no inferno e acredito que ambos podem ser terrenos”.

9) (Unicamp SP/1992) Herói ou vilão, Colombo simboliza a conquista. (Folha de S. Paulo, 12/10/91)

a) Por que Colombo é tratado como herói ou vilão?
b) Por que ele é símbolo da conquista?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Nazismo na Alemanha

A Revolução Alemã (1918-1919)

Significado: revolução democrática dos trabalhadores, precipitada pela crise do final da Primeira Guerra Mundial e influenciada pela Revolução Russa.

Antecedentes:

1918, agosto-outubro: derrota militar da Alemanha na Frente Ocidental. Crise do Império Alemão sob a monarquia do kaiser Guilherme II

O início da revolução (1918)

- 29 outubro – motim dos marinheiros da Armada Imperial, precipitando a formação de sovietes operários. Divisão da esquerda alemã:

SPD (Partido Social Democrata): democracia e reformas no capitalismo → Friedrich Ebert

KPD (Partido Comunista Alemão): revolução anticapitalista e ditadura do proletariado → Rosa Luxemburgo

- 9-10 novembro – derrubada da monarquia: instalação de um governo provisório republicano do SPD, presidido por Ebert.

- 11 novembro – rendição da Alemanha: fim da Primeira Guerra Mundial. O governo provisório fez isso orientado pelos militares para impedir a destruição da Alemanha por uma invasão Aliada. O exército continuou intacto e coeso, comandado por oficiais conservadores. O mito da “facada nas costas” gerou entre os nacionalistas radicais uma imagem negativa do SPD/governo provisório e a idéia da invencibilidade militar da Alemanha

- Dezembro – convocação de uma Assembléia Constituinte, democraticamente eleita por sufrágio universal

A consolidação dos sociais-democratas (1919)

- 1-15 janeiro – tentativa de revolução comunista: o KPD (“spartakistas”) tenta derrubar o governo provisório e tomar o poder, mas fracassa. O exército e forças paramilitares (freikorps) apóiam o SPD, salvando o governo provisório

- 19 janeiro – eleições para a Assembléia Constituinte: SPD o maior partido

- Fevereiro – Ebert eleito presidente da Alemanha: SPD consolidado no poder

- 28 Junho – Tratado de Versalhes

- Agosto – Constituição de Weimar: república democrática parlamentarista. Criada pela aliança entre os sociais-democratas e os liberais com objetivo de estabelecer um Welfare State numa democracia capitalista.

A República de Weimar (1919-1933)

Problemas:

- Ausência de uma ampla tradição democrática

- Insatisfação nacionalista com o Tratado de Versalhes, agravada pelo mito da “facada nas costas”

- Crises econômicas periódicas

- Tentativas de golpes da extrema-direita e da extrema-esquerda

- A democracia dependia do aval dos militares e dos conservadores, que consideravam a República de Weimar um regime provisório

a) A primeira fase da república (1919-1923):

Início da presidência do social-democrata Ebert

Fase de crise econômica e política

1919 – Fundação do minúsculo Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP), fascista e anti-semita, por Anton Drexler (1884-1942). Adolf Hitler (1889-1945), militar de origem austríaca, filiou-se ao DAP. Em 1920, esse partido mudou o nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) ou Partido Nazista. Em 1921, Hitler assumiu a liderança do partido.

1922 – Crise financeira e hiperinflação

1923, janeiro – A França e a Bélgica ocupam a região do Ruhr

1923, outubro – nova tentativa de revolução comunista. Fracassou

1923, novembro – Putsch de Munique: tentativa de nazista. Fracassou e Hitler foi preso (na prisão escreveu “Minha Luta”)

b) A segunda fase da república (1924-1928):

Final da presidência de Ebert e início da presidência do conservador Paul von Hindenburg.

Fase de prosperidade econômica e estabilidade política: “Anos Dourados”

1924, agosto – Plano Dawes. Empréstimo norte-americano à Alemanha e reorganização do pagamento das reparações de guerra.

1925 – Tratado de Locarno. A Alemanha confirma a maior parte do Tratado de Versalhes

1926 – A Alemanha entra na Liga das Nações.

c) A terceira fase da república (1929-1933)

Presidência do conservador Hindenburg.

Crise final da república

Grande Depressão: desemprego em massa, empobrecimento da classe média

Crescente radicalização e polarização política: crescimento eleitoral do NSDAP (virou o principal partido) e do KPD

A maior parte do eleitorado nazista: classe média empobrecida, desempregados, pequena burguesia (sobretudo no interior do país) → crescente apoio financeiro do empresariado

A maior parte do eleitorado comunista: operariado

1929-1930 – Plano Young: renegociação das reparações de guerra

1932-1933 – Governos dos primeiros-ministros conservadores von Papen e Schleicher. Medidas que enfraqueceram a democracia e fortaleceram o poder de Hindenburg

1932, julho – Vitória nazista nas eleições legislativas. O NSDAP tornou-se o principal partido do Reichstag (parlamento).

1932, novembro – novas eleições legislativas. O NSDAP perde votos, o KPD cresce, mas o Partido Nazista continuou sendo o maior do Parlamento.

1933, janeiro – conservadores se aproximam de Hitler buscando uma aliança anti-esquerdista com apoio de setores do empresariado

1933, 30 janeiro – Hitler é nomeado chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha pelo presidente Hindenburg

A idéia dos conservadores (direita tradicional): usar os nazistas para combater o crescimento do comunismo, esmagar a esquerda e destruir a democracia

5.3 O governo de Hitler: o Terceiro Reich (1933-1945)

Ditadura nacional-socialista de Hitler, o Führer (“líder”)

1933, 27 de fevereiro – Incêndio do Reichstag (Parlamento): comunistas acusados. Pretexto para Hitler instalar a ditadura: estado de emergência e suspensão das liberdades civis

1933, março-julho – Instalação da ditadura monopartidária.

1934, 30 de junho – “A Noite das Longas Facas”: Hitler elimina a “ala esquerda” do NSDAP, sobretudo os líderes das SA (“tropas de assalto” nazistas). Consolida o apoio dos militares, conservadores e empresariado ao seu governo

1934, 2 agosto – Morte de Hindenburg: Hitler assume o poder total na Alemanha. Os militares juram lealdade à Hitler

1935, 15 setembro – Leis de Nuremberg. Os judeus alemães perdem seus direitos políticos e ficam proibidos de casamento com não-judeus

1938, 9-10 novembro – Noite dos Cristais. Destruição de sinagogas e lojas dos judeus por grupos populares estimulados pelo governo nazista. A comunidade judaica foi obrigada a pagar os estragos.

A política econômica nazista: intervenção estatal no capitalismo, obras públicas e investimento maciço no rearmamentismo.

O desemprego caiu drasticamente

O déficit público aumentou muito por causa do crescimento extraordinário dos gastos do governo, sobretudo os militares

O patrimônio dos judeus foi confiscado: forma de obter mais recursos para o governo

Hitler considerava a guerra e a conquista de novos territórios o melhor caminho para desenvolver a economia alemã e enriquecer a nação.

O Regime Fascista

O Fascismo na Itália

a) Antecedentes

1918 – Final da Primeira Guerra Mundial. Vitória da Itália (monarquia parlamentar liberal), que lutou ao lado da Entente. O país ficou mergulhado numa grave crise econômica e política, sob a ameaça de revolução operária/comunista. Os nacionalistas radicais, por sua vez, estavam insatisfeitos com os ganhos territoriais na guerra.

1919 – Benito Mussolini (1883-1945) forma, em Milão, os Fasci di combattimento (organização fascista), com objetivo de desencadear uma revolução nacionalista antiliberal e anticomunista.

1921 – Mussolini reúne os agrupamentos fascistas e funda o Partido Nacional Fascista (PNF), com plataforma nacionalista, anticomunista e antidemocrática.

1922 28-30 outubro – Marcha sobre Roma. Os fascistas (“camisas negras”) ocupam Roma e o rei Vitor Emanuel III nomeia Mussolini chefe de governo. Os fascistas assumem o poder, apoiados pela classe média e pela burguesia conservadora.

b) O governo de Mussolini (1922-1943)

Inicialmente, Mussolini manteve certa liberdade na Itália mas, em 1925-1926, ele tomou várias medidas que instalaram a ditadura fascista. Da fase ditatorial (1926-1943) do governo de Mussolini, podemos destacar:

1927 – Carta del Lavoro. Leis trabalhistas fascistas que estabeleceram o “corporativismo” (corporações = organizações que reuniam patrões e empregados por setores da economia) com sindicatos subordinados ao Estado. Influenciou a legislação trabalhista brasileira de Getúlio Vargas no Estado Novo.

1929 – Tratado de Latrão. Acordo entre a Itália (Mussolini) e a Igreja Católica (papa Pio XI), que encerrou a Questão Romana – a disputa pelo controle de Roma, iniciada na unificação italiana. A Igreja reconheceu Roma como capital italiana; em troca, ela recebeu a soberania sobre o Vaticano, uma grande indenização em dinheiro e privilégios na Itália (o catolicismo foi transformado em religião oficial do país, o ensino religioso foi introduzido nas escolas e a Ação Católica obteve liberdade de atuação, a única organização não-fascista com esse direito )

quinta-feira, 29 de abril de 2010

LIÇÃO DE CASA - 3o. colegial, D, E, F, G, H.

“As maiores crueldades de nosso século foram as crueldades impessoais decididas a
distância, de sistemas e rotina, sobretudo quando podiam ser justificadas como lamentáveis necessidades operacionais.” HObSbAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX – 1914-1991. São Paulo: Companhia das letras, 1995. p. 57.

Segundo o ex-secretário de defesa norte-americano Donald rumsfeld, que ocupou o cargo
entre 2001 e 2006, durante a presidência de George W. bush, os ataques aéreos atuais são muito diferentes daqueles realizados na Primeira e na Segunda Guerras Mundiais: hoje é possível direcionar os ataques para atingir os alvos escolhidos, pois as bombas são “inteligentes”.

Escreva um texto, de aproximadamente 20 linhas, que comente a colocação de rumsfeld e faça referência ao texto de Hobsbawm, citado anteriormente. Quais as relações entre “as cruel dades impessoais” e as “bombas inteligentes”? Como essas relações são evidenciadas nos conflitos atuais, de guerras e invasões a violência das cidades?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

CAUSAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL



1. A PARTILHA DA ÁFRICA E DA ÁSIA(PROCESSO NEO-COLONIAL) TRAZ A INSATISFAÇÃO DA ITÁLIA E ALEMANHA QUE FICARAM COM TERRITÓRIOS PEQUENOS E DESVALORIZADOS.

2. FORTE CONCORRÊNCIA ECONÔMICA ENTRE AS POTÊNCIAS EUROPÉIAS.

3. ACONTECE A FAMOSA CORRIDA ARMAMENTISTA ENTRE AS NAÇÕES.

4. FORTALECIMENTO DO NACIONALISMO:PAN-GERMANISMO (ALEMANHA) E PAN-ESLAVISMO (RUSSO) ORIGINAM RIVALIDADES.

5. FORMAÇAO DOS BLOCOS MILITARES:

TRÍPLICE ENTENTE
(ENTENTE CORDIALE)
• FRANÇA
• GRÃ BRETANHA
• RÚSSIA

Países colaboradores

• JAPÃO (1914)
• ITÁLIA (1915)
• ROMÊNIA (1916)
• GRÉCIA (1917)

TRÍPLICE ALIANÇA
• ITÁLIA
• IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO
• ALEMANHA

Países colaboradores

• IMPÉRIO TURCO-OTOMANO (1914)
• BULGARIA (1915)



O ESTOPIM DA PRIMEIRA GUERRA





28/06/1914: ASSASSINATO DO PRÍNCIPE DO IMPÉRIO AUSTROHÚNGARO ARQUIDUQUE FRANCISCO FERDINANDO POR BÓSNIOS, QUANDO VIAJAVA A SARAJEVO PARA ANUNCIAR A FORMAÇÃO DE UMA MONARQUIA TRÍPLICE: AUSTRO-HUNGARA-ESLAVA.

• O IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO DECLARA GUERRA A SÉRVIA. A RÚSSIA SE POSICIONA A FAVOR DA
SÉRVIA E ASSIM SE FORMAM ALIANÇAS, E A GUERRA SE ESPALHA PELA EUROPA E OUTRAS NAÇÕES DO MUNDO.

1. GUERRA DE MOVIMENTO: 1914.
COMEÇA COM O AVANÇO DA ALEMANHA ATRAVÉS DOS TERRITÓRIOS DA BELGICA E DA ALSACIA-LORENA PARA INVADIR PARIS. A INVASÃO DA BÉLGICA FEZ QUE A INGLATERRA DECLARASSE GUERRA A ALEMANHA.

2. GUERRA DE TRINCHEIRAS OU DE POSIÇÃO: 1915-1917. A TRINCHEIRA É A MORADA DO COMBATENTE DURANTE A PRIMEIRA GUERRA. SEGUNDO UM HISTORIADOR:
“... LÁ CONVIVE COM SEUS COLEGAS, LÁ SE PROTEGE DOS ATAQUES AÉREOS, LÁ ELE MORA JUNTO AO PERIGO”.

SOLDADOS FICAVAM CENTENAS DE DIAS
ENTRINCHEIRADOS, LUTANDO PELA CONQUISTA DE
PEQUENOS ESPAÇOS DE TERRITÓRIO. AS CONDIÇÕES
DESHUMANAS NO FRONT FACILITAM A PROLIFERAÇÃO DA
FOME E A DIFUSÃO DE DOENÇAS. EXISTE UMA
NECESSIDADE DE ENVIAR MEDICAMENTOS BÁSICOS.
“A MESMA VELHA TRINCHEIRA, A MESMA PAISAGEM,
OS MESMOS RATOS, CRESCENDO COMO MATO,
OS MESMOS ABRIGOS, NADA DE NOVO,
OS MESMOS E VELHOS CHEIROS, TUDO NA MESMA,
OS MESMOS CADÁVERES NO “FRONT”,
A MESMA METRALHA, DAS DUAS ÀS QUATRO,
COMO SEMPRE CAVANDO, COMO SEMPRE CAÇANDO,
A MESMA VELHA GUERRA DOS DIABOS”.
(SOLDADO INGLÊS)




AS ARMAS DA PRIMEIRA GUERRA










• AVIÕES DE COMBATE.
• TANQUES DE GUERRA.
• SUBMARINOS.
• GASES TÓXICOS.
• ARMAS: MORTEIROS, METRALHADORAS, RIFLES, GRANADAS, etc.



A LUTA NOS MARES COM AJUDA DE SUBMARINOS FOI MUITO SIGNIFICATIVA
DURANTE A PRIMEIRA GRANDE GUERRA.

ESTAS NOVAS TECNOLOGIAS DE DESTRUIÇÃO SÃO UTILIZADAS PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA
DOS CONFLITOS. OS SOLDADOS USAM MÁSCARAS ANTI-GÁS PARA SE PROTEGER DOS ATAQUES AÉREOS QUE ESPALHAM DIFERENTES GASES TÓXICOS E MUITO VENENOSOS.

ENQUANTO SOLDADOS COMBATEM NOS FRONTS, MULHERES PRODUZEM ARMAS NAS DIVERSAS FÁBRICAS
CUJAS LINHAS DE PRODUÇÃO TRABALHAM DIA E NOITE SEM DESCANSO.

O ANO DE 1917

RÚSSIA SAI DO CONFLITO E NO SEU LUGAR ENTRAM OS ESTADOS UNIDOS (1917).

LANÇAM-SE, DE UM LADO E DE OUTRO, GRANDES OFENSIVAS, QUE CAUSAM PROFUNDAS ALTERAÇÕES NO DESENHO DA FRENTE, ACABANDO POR COLOCAR AS TROPAS ALEMÃS NA DEFENSIVA E LEVANDO POR FIM À SUA DERROTA. É VERDADE QUE A ALEMANHA ADQUIRE AINDA ALGUM FÔLEGO QUANDO A REVOLUÇÃO ESTALA NO IMPÉRIO RUSSO E O GOVERNO BOLCHEVISTA, CHEFIADO POR LÊNIN, PRONTAMENTE ASSINA A PAZ SEM CONDIÇÕES (TRATADO BREST-LITOVSKI), ASSIM ANULANDO A FRENTE LESTE, MAS ESSA CIRCUNSTÂNCIA NÃO SERÁ SUFICIENTE PARA EVITAR A DERROTA. O ARMISTÍCIO QUE PÕE FIM À GUERRA É ASSINADO A 11 DE NOVEMBRO DE 1918.

A PAZ SEM VENCEDORES

Os 14 pontos de Wilson

1. ABOLIÇÃO DA DIPLOMACIA SECRETA, ACORDOS PÚBLICOS.
2. LIBERDADE DOS MARES.
3. ELIMINAÇÃO DAS BARREIRAS ECONÔMICAS ENTRE AS NAÇÕES.
4. LIMITAÇÃO DOS ARMAMENTOS NACIONAIS AO NÍVEL MÍNIMO COMPATÍVEL COM A SEGURANÇA.
5. AJUSTE PARCIAL DAS PRETENSÕES COLONIAIS, TENDO EM VISTA OS POVOS ATINGIDOS
POR ELAS.
6. EVACUAÇÃO DA RÚSSIA (NESTA HORA JÁ ESTAVA AONTECENDO A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO 1917).
7. RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA BÉLGICA.
8. A RESTITUIÇÃO DA ALSACIA E LORENA À FRANÇA.
9. REAJUSTAMENTO DE FRONTEIRAS ITALIANAS COM LINHAS DIVISÓRIAS RECONHECÍVEIS.
10. DESENVOLVIMENTO AUTÔNOMO DOS POVOS DA REGIÃO AUSTRO-HÚNGARA.
11. RESTAURAÇÃO DA ROMÊNIA, DA SÉRVIA E DO MONTENEGRO, COM ACESSO AO MAR PARA A SÉRVIA.
12. DESENVOLVIMENTO AUTÔNOMO DOS POVOS DA TURQUIA.
13. UMA POLÔNIA INDEPENDENTE, HABITADA POR POLONESES. E COM ACESSO AO MAR.
14. UMA LIGA DAS NAÇÕES, ORGÃO INTERNACIONAL QUE EVITARIA NOVOS CONFLITOS.

Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a idéia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" por parte da Inglaterra e principalmente da França prevaleceram sobre as intenções americanas.


Tratado de Versalhes


Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a recém criada Liga das Nações (futura ONU) ratificou o Tratado de Versalhes.


Algumas exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes:

- reconhecimento da independência da Áustria;
- devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França;
- devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental;
- as cidades alemãs de Malmedy e Eupen passariam para o controle da Bélgica;
- a província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por 15 anos;
- a região da Sonderjutlândia deveria ser devolvida à Dinamarca
- pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra, uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido em 269 bilhões de marcos.
- proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe)
- a Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil soldados;
- proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados;
- redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra e seis cruzadores;



A PRIMEIRA GUERRA TROUXE CONSEQUÊNCIAS COMO:



- DECLÍNIO DA EUROPA, QUE FOI DURAMENTE ATINGIDA PELO CONFLITO
ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS, QUE A PARTIR DE ENTÃO SE TORNARAM UMA DAS GRANDES POTÊNCIAS;
- INTENSIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A IMPLANTAÇÃO DO SOCIALISMO NA RÚSSIA;
- APARECIMENTO DE REGIMES POLÍTICOS AUTORITÁRIOS, COMO O NAZISMO E FASCISMO.
- SALDO DA GUERRA:10 MILHÕES DE MORTOS,30 MILHÕES DE FERIDOS,CIDADES E INDUSTRIAS
DESTRUÍDAS, EXTENSÕES DE CAMPOS ARRASADOS, ETC.

DOCUMENTOS


Rápido desencanto com a realidade da guerra
"De repente, uns silvos estridentes nos precipitaram ao chão, apavorados. A rajada acaba de estalar sobre nós. Os homens, de joelhos, encolhidos, com a mochila sobre a cabeça e encurvando as costas, se apegavam uns aos outros. Por baixo da mochila dou uma espiada nos meus vizinhos: arquejantes, sacudidos por tremores nervosos e com a boca contraída numa contração terrível, batiam os dentes e, com a cabeça abaixada, tem o aspecto de condenados oferecendo a cabeça aos carrascos. Esta espera da morte é terrível. O cabo, que havia perdido seu capacete, me diz: rapaz, se soubesse que isso era a guerra e que vai ser assim todos os dias, prefiro que me matem logo. (...) Na sua alegre inconsciência, a maioria dos meus camaradas não havia jamais refletido sobre os horrores da guerra e não viam a batalha senão pelas cores patrióticas: desde nossa saída de Paris, o Boletim do Exército nos conservava na inocente ilusão da guerra ser um passeio e todos acreditavam na história dos boches se renderem aos magotes. (...) A explosão daquele instante, sacudiu nosso sistema nervoso, que não esperava por isso, e nos fez compreender que a luta que começava seria uma prova terrível. Escute meu tenente, parece que se defendem estes porcos!"

- Diário do ten. Galtier-Boissière, na frente ocidental em 22 de agosto de 1914.


Sobre um ataque sob fogo da metralhadora e da artilharia


"Na pradaria avança uma companhia de atiradores... os homens dobrados em dois com a mochila nas costas e o fuzil nas mãos, correm pesadamente para jogar-se ao chão e seguir ao primeiro sinal. Um deles para próximo a mim, sua cara de camponês repentinamente transforma-se numa careta dolorosa e, continuando a correr, levanta o braço em cujo extremo esta pendente a mão esfacelada com os dedos atorados pela metade, efeito de uma bala... os homens jogam-se ao solo... o soldado continua dando saltos e ainda escuto seus gritos: "Meu tenente, meu tenente, aonde estás?." - Max Dauville

"Ao atravessarmos o passadiço de Hauont os obuses alemães nos enfilaram e o local encheu-se de cadáveres por todos os lados. Os moribundos, enterrados na lama, nos estertores da agonia, nos pediam água ou suplicam que os matem. A neve segue caindo e a artilharia está causando baixas a casa instante. Quando chegamos ao Marco B não nos sobraram mais do que dezessete homens dos trinta e nove que saíram." - Daguenet ajudante-chefe, Regimento de Infantaria 321.

"Os efeitos produzidos (do bombardeio) são bastante lamentáveis. O recruta recém-chegado recomeça a inquietar-se, sucedendo o mesmo com os outros dois. Um deles escapa, desaparecendo a correr. Os dois outros nos dão trabalho. Precipito-me atrás do fugitivo sem sabem se lhe devo dar um tiro nas pernas. Ouço neste momento um assobio; deito-me no chão e quando me levanto vejo a parede da trincheira coberta de estilhaços de obus, ensangüentada por pedaços de carne e de restos de uniforme. Volto para o nosso abrigo." - E. M. Remarque, pág. 116.