domingo, 20 de junho de 2010

FRASE DE UM HISTORIADOR

A história precisa ser reescrita a cada geração, porque embora o passado não mude, o presente se modifica; cada geração formula novas perguntas ao passado e encontra novas áreas de simpatia à medida que revive distintos aspectos das experiências de suas predecessoras.

Christopher Hill - O Mundo de Ponta Cabeça.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

REVOLUÇOES INGLESAS

Absolutismo na Inglaterra

Elizabeth I morre em 1603 - Fim da dinastia Tudor. O descendente mais próximo é Jaime VI (Rei da Escócia). Este assume o poder com o nome de Jaime I dando início a dinastia de Stuart.

Governo de Jaime I

• Fortalecimento do absolutismo com base no direito divino dos reis.
• Supremacia da Igreja Anglicana.
• Perseguição aos católicos e puritanos (calvinistas)
• Para ampliar o exército, o rei pede verbas ao parlamento, para que este autorizasse o aumento dos impostos. O parlamento veta o aumento de impostos. Em represália Jaime I dissolve o parlamento (1614).
• A perseguição promoveu a migração em massa para a América do Norte formando as 13 colônias dos EUA.
• Morte de Jaime I - assume o poder seu filho Carlos I.

Governo de Carlos I

Assume o poder sob a condição de assinar a Petição de direitos (1628) — comprometendo-se a não aumentar os impostos sem prévia autorização do parlamento.
No ano seguinte, Carlos I dissolve o parlamento. Entre as medidas tomadas por Carlos I, temos a imposição da religião anglicana na Escócia.
Os escoceses não aceitam e seus exércitos invadem a Inglaterra. Carlos I recorre ao parlamento a fim de solicitar para combater os escoceses. O parlamento aceita, impondo várias limitações ao rei.

Guerra civil (1642 - 1649)

Em 1641 eclodiu uma revolta na Irlanda Católica. O parlamento negou a Carlos I, o comando do exército a menos que este se submetesse ao parlamento.
Carlos I não aceita e invade o parlamento e prende seus líderes, isto desencadeia o início de uma guerra civil entre:

Cavaleiros                     X            Cabeças Redondas (defensores do rei)                                         (defensores do parlamento chefiado por Cromwell)

Defensores do rei Defensores do parlamento chefiados por Oliver Cromwell
Cromwell vence as tropas do rei e assume o poder instituindo a república Puritana.



A República Puritana (1649 - 1660)



Cromwell assume o poder consolidando a república.
Entre as medidas mais importantes temos os atos de navegação — 1651 (pelos quais ficou estabelecido que todas as mercadorias importantes deveriam vir da Inglaterra em navios ingleses ou em navios de seus países de origem).

Objetivos dos atos de navegação



Esses decretos não só estimularam o desenvolvimento econômico, como também reforçou a defesa nacional. Fortalecido, Cromwell dissolveu o parlamento em 1653 e proclamou-se “Conde Protetor das repúblicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda” e começou a exercer uma ditadura pessoal que durou até 1658, ano de sua morte. Assume o poder seu filho Ricardo que abdicou promovendo a restauração Monárquica.

Restauração Monárquica



Carlos II assume em 1660, retomando ao trono a família Stuart. Características do governo de Carlos II.



• Perseguição aos Puritanos.
• Restauração da Igreja Anglicana.
• Fez um acordo com o parlamento
• Acordo com a frança: Determinava o acordo que em troca de empréstimos o rei Carlos II comprometia-se a conceder a liberdade de culto aos católicos. Isto provocou a reação da Igreja Anglicana. Seu sucessor Jaime II. Era católico, colocando seus partidários em importantes cargos políticos na Inglaterra.



Revolução Gloriosa



O parlamento decidiu depor o Rei e oferecer a coroa inglesa a Guilherme de Orange (Rei da Holanda). Este era casado com Maria Stuart, filha do 1° casamento de Jaime II. A vinda de Guilherme de Orange para a Inglaterra provocou a fuga de Jaime II. Para França. Este conflito sem derramamento de sangue entre o parlamento e a monarquia foi denominado revolução Gloriosa. Guilherme de Orange foi coroado Rei como Guilherme III. Ele assinou a Declaração De Direitos que determinava:



• Garantia de liberdade de imprensa individual e propriedade privada.
• Confirmação do Anglicanismo, religião oficial e tolerância a todos os cultos exceto ao católico;
• Assegurava ao parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia de liberdade individual e a propriedade privada;
• Estabelecia o princípio da divisão de poderes (legislativo, executivo e judiciário);
• Institui uma Monarquia Constitucional Parlamentar na Inglaterra.

QUESTÃO SOBRE GUERRA CIVIL ESPANHOLA

(ENEM/2002) A leitura do poema Descrição da guerra em Guernica traz à lembrança o famoso quadro de Picasso.

Entra pela janela
o anjo camponês;
com a terceira luz na mão;
minucioso, habituado
aos interiores de cereal,
aos utensílios que dormem na fuligem;
os seus olhos rurais
não compreendem bem os símbolos
desta colheita: hélices,
motores furiosos;
e estende mais o braço; planta
no ar, como uma árvore
a chama do candeeiro.
(...)
Carlos de Oliveira. In ANDRADE, Eugénio. Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa. Porto: Campo das Letras, 1999.


Uma análise cuidadosa do quadro permite que se identifiquem as cenas referidas nos trechos do poema.







Imagem: Picasso, Pablo. Guernica, 1937. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid.




Podem ser relacionadas ao texto lido as partes:

(A) a1, a2, a3
(B) f1, e1, d1
(C) e1, d1, c1
(D) c1, c2, c3
(E) e1, e2, e3

TRABALHO SOBRE O FILME – MATEMÁTICA DO DIABO

3oD, 3oE, 3of, 3oG, 3oH

• título original:The Devil's Arithmetic
• gênero:Drama
• duração:01 hs 35 min
• ano de lançamento:1999
• estúdio:Showtime Networks Inc. / Millbrook Farm Productions / Punch Production Inc.
• distribuidora:Showtime Networks Inc.
• direção: Donna Deitch
• roteiro:Robert J. Avrech, baseado em romance de Jane Yolen
• produção:Lee Gottsegen, Tom Kuhn, Murray Schisgal e Fred Weintraub
• música:Frederic Talgorn
• fotografia:Jacek Laskus
• direção de arte:Galius Klicius e Bob Sher
• figurino:Alex Kavanagh e Daiva Petrulyte
• edição:Robin Katz
• efeitos especiais:

sinopse:

Hannah Stern (Kirsten Dunst) é uma jovem de origem judaica, que não dá a devida importância para suas raízes. Tudo muda quando, misteriosamente, ela volta no tempo e vai parar em 1941, na Polônia, quando o país foi invadido pelo nazistas. Sem entender direito o que está acontecendo, ela acaba sendo presa e mandada para um campo de concentração. Apesar de nunca ter dado a devida atenção, ela sabe que seis milhões de judeus morrerão nos próximos anos.

elenco:

• Kirsten Dunst (Hannah Stern)
• Brittany Murphy (Rivkah)
• Paul Freeman (Rabbi)
• Mimi Rogers (Leonore Stern)
• Louise Fletcher (Tia Eva)
• Nitzan Sharron (Ariel)
• Shelly Skandrani (Leah)
• Daniel Brocklebank (Shmuel)
• Heather Bertram (Mary)
• Caterina Scorsone (Jessica)
• Lina Avizienis (Dorrie)

Reflexões sobre o filme

PARTE 1 – conceitos

01. Utilizando a internet pesquise o significado das palavras-chave contidas no filme:

a. Povos semitas
b. Judaísmo
c. Anti-semitismo
d. Totalitarismo
e. Nazismo
f. Shoah
g. Holocausto
h. Campos de concentração
i. Arianismo

PARTE 2 – Origens históricas

02. Após a pesquisa das palavras explique sobre a perseguição aos judeus em suas origens históricas.

03. No século XX que motivos Hitler defendeu para justificar a perseguição aos judeus na Alemanha nazista?

PARTE 3 – Discutindo o filme

04. Como a personagem principal passa de um estado de alienação para outro de conscientização.

05. O titulo do filme “Matemática do Diabo” nos faz pensar sobre o uso dos cálculos e números orientados para o ideal nazista. Descreva o uso de tal matemática com exemplos que aparecem no filme.

06. Ao ser enviada para um campo de concentração a personagem e seus parentes bem como outros passam por um processo de despersonalização. Como ocorre, pela visualização do filme, esse processo até a solução final ou a conclusão da matematica do diabo?

07. Em sua opinião a valorização da raça pura pregada por Adolf Hitler e a ênfase ao anti-semitismo colaboram para o ideal da boa política? O que você(s) proporiam para os dias de hoje não tomarem como exemplo o nazismo e o holocausto?

domingo, 13 de junho de 2010

RESUMO - Segundo Reinado (9o ano)

SEGUNDO REINADO – POLÌTICA, ECONOMIA E SOCIEDADE

Organização Política

Com o segundo o surgimento do Segundo Reinado após anos de agitação política nas Regências ocorre uma relativa paz interna do país. Passa a existir um modelo de centralização político-administrativa e uma integridade territorial.
Na prática, o poder central é o soberano e aplica um modelo de parlamentarismo “às avessas”. Ao contrário do modelo inglês em que o rei tem apenas função representativa (Estado) e o parlamento tem o poder decisório, no Brasil era o poder real quem determinava a escolha de ministros e cargos.

Economia e Sociedade

O café tornou-se no século XIX o principal produto econômico exportado e o principal fator de riqueza do pais. Desenvolveu-se no RJ, ES, sul de MG e SP, seguindo inicialmente o Vale do Paraíba e depois o “Oeste Paulista” (na época a região que abrangia Campinas, Rio Claro, Piracicaba, Limeira entre outras que possuíam a existência de terra roxa excelente para a lavoura)
Seu desenvolvimento foi abalado em parte pelo decreto inglês que proibia o tráfico de escravos (Bill Aberdeen, 1845) que mais tarde foi reconhecida no Brasil com o a Lei Eusébio de Queiroz (1850) que confirmava a mesma proibição.
Assim optou-se no Brasil pela imigração européia. Em principio adotou-se o sistema de parceria no qual o colono trabalhava na lavoura e dividia, numa certa proporção, o produto do trabalho ao fazendeiro. Porém, o colono que recebia ao final da safra empatava seu salário na divida do seu transporte para o pais. Esse fato levou a uma espécie de escravidão disfarçada e a protestos de imigrantes.
Posteriormente o imigrante passou a ter seu transporte pago pelo governo, salário fixo e bonificação no final da colheita. Desse modo a lavoura cafeeira expandiu-se.
Desse fato, constata-se que houve um deslocamento do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste, fez surgiu uma sociedade em convivência com o trabalho livre e o escravo, gerou capitais que puderam ser investidos em outras atividades. Desenvolveu-se a malha ferroviária em direção a São Paulo (capital) e a Santos (porto). Viu-se nesse momento o surgimento de uma elite empresarial nova e dinâmica que soube usar o Estado como instrumento dos seus interesses.
Outros produtos como algodão, cacau, couros e peles e borracha também tiveram seu destaque nesse período.
Podemos também notar nesse período um surto manufatureiro motivado principalmente por alguns fatores como: Tarifa Alves Branco (1844) que aumentando o preço de produtos estrangeiros favoreceu a produção nacional; A Lei Eusébio de Queiroz que proibindo o trafico de escravos, fez o dinheiro se orientar para investimentos industriais; a presença de imigrantes, mão-de-obra livre, fez aumentar o mercado consumidor interno; e ao pioneirismo de Irineu Evangelista de Souza com seus empreendimentos industriais e comerciais que infelizmente não tiveram apoio do governo.

Política Externa do Segundo Reinado

1) Questão Christie (1863)

Destacam-se nesse período os problemas com relação ao trafico de escravos com a Inglaterra e os incidentes diplomáticos envolvendo o embaixador William Christie. Quando um navio inglês transportava mercadorias para o Uruguai, naufragou no litoral do Rio Grande do Sul e sua carga, resgatada para a costa, acabou sendo roubada. O embaixador inglês no RJ irritado com o fato, exigiu que um oficial inglês acompanhasse as investigações. Enquanto isso, alguns oficiais ingleses embriagados foram presos por autoridades brasileiras. Mesmo com o pagamento da fiança Christie exigiu o pagamento da mercadoria roubada e demissão dos policiais que prenderam os ingleses. Diante da negativa do Brasil ao embaixador este ordena o aprisionamento de cinco navios brasileiros no RJ. Houve vários protestos contra os ingleses e D. Pedro II exigiu que a Inglaterra pedisse desculpas oficiais dos ingleses o que foi negado. Assim, o imperador rompe relações diplomáticas com a Inglaterra. Somente em 1865 as relações foram reatadas.

SEGUNDO REINADO – MOMENTOS FINAIS


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864 a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia.
Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.
Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
Conclusão: Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.
No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
Crise da Monarquia
A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:
• Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;
• Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
• A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;
• Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;
Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.
A Proclamação da República
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições.