O Fascismo na Itália
a) Antecedentes
1918 – Final da Primeira Guerra Mundial. Vitória da Itália (monarquia parlamentar liberal), que lutou ao lado da Entente. O país ficou mergulhado numa grave crise econômica e política, sob a ameaça de revolução operária/comunista. Os nacionalistas radicais, por sua vez, estavam insatisfeitos com os ganhos territoriais na guerra.
1919 – Benito Mussolini (1883-1945) forma, em Milão, os Fasci di combattimento (organização fascista), com objetivo de desencadear uma revolução nacionalista antiliberal e anticomunista.
1921 – Mussolini reúne os agrupamentos fascistas e funda o Partido Nacional Fascista (PNF), com plataforma nacionalista, anticomunista e antidemocrática.
1922 28-30 outubro – Marcha sobre Roma. Os fascistas (“camisas negras”) ocupam Roma e o rei Vitor Emanuel III nomeia Mussolini chefe de governo. Os fascistas assumem o poder, apoiados pela classe média e pela burguesia conservadora.
b) O governo de Mussolini (1922-1943)
Inicialmente, Mussolini manteve certa liberdade na Itália mas, em 1925-1926, ele tomou várias medidas que instalaram a ditadura fascista. Da fase ditatorial (1926-1943) do governo de Mussolini, podemos destacar:
1927 – Carta del Lavoro. Leis trabalhistas fascistas que estabeleceram o “corporativismo” (corporações = organizações que reuniam patrões e empregados por setores da economia) com sindicatos subordinados ao Estado. Influenciou a legislação trabalhista brasileira de Getúlio Vargas no Estado Novo.
1929 – Tratado de Latrão. Acordo entre a Itália (Mussolini) e a Igreja Católica (papa Pio XI), que encerrou a Questão Romana – a disputa pelo controle de Roma, iniciada na unificação italiana. A Igreja reconheceu Roma como capital italiana; em troca, ela recebeu a soberania sobre o Vaticano, uma grande indenização em dinheiro e privilégios na Itália (o catolicismo foi transformado em religião oficial do país, o ensino religioso foi introduzido nas escolas e a Ação Católica obteve liberdade de atuação, a única organização não-fascista com esse direito )
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