domingo, 13 de junho de 2010

RESUMO - Segundo Reinado (9o ano)

SEGUNDO REINADO – POLÌTICA, ECONOMIA E SOCIEDADE

Organização Política

Com o segundo o surgimento do Segundo Reinado após anos de agitação política nas Regências ocorre uma relativa paz interna do país. Passa a existir um modelo de centralização político-administrativa e uma integridade territorial.
Na prática, o poder central é o soberano e aplica um modelo de parlamentarismo “às avessas”. Ao contrário do modelo inglês em que o rei tem apenas função representativa (Estado) e o parlamento tem o poder decisório, no Brasil era o poder real quem determinava a escolha de ministros e cargos.

Economia e Sociedade

O café tornou-se no século XIX o principal produto econômico exportado e o principal fator de riqueza do pais. Desenvolveu-se no RJ, ES, sul de MG e SP, seguindo inicialmente o Vale do Paraíba e depois o “Oeste Paulista” (na época a região que abrangia Campinas, Rio Claro, Piracicaba, Limeira entre outras que possuíam a existência de terra roxa excelente para a lavoura)
Seu desenvolvimento foi abalado em parte pelo decreto inglês que proibia o tráfico de escravos (Bill Aberdeen, 1845) que mais tarde foi reconhecida no Brasil com o a Lei Eusébio de Queiroz (1850) que confirmava a mesma proibição.
Assim optou-se no Brasil pela imigração européia. Em principio adotou-se o sistema de parceria no qual o colono trabalhava na lavoura e dividia, numa certa proporção, o produto do trabalho ao fazendeiro. Porém, o colono que recebia ao final da safra empatava seu salário na divida do seu transporte para o pais. Esse fato levou a uma espécie de escravidão disfarçada e a protestos de imigrantes.
Posteriormente o imigrante passou a ter seu transporte pago pelo governo, salário fixo e bonificação no final da colheita. Desse modo a lavoura cafeeira expandiu-se.
Desse fato, constata-se que houve um deslocamento do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste, fez surgiu uma sociedade em convivência com o trabalho livre e o escravo, gerou capitais que puderam ser investidos em outras atividades. Desenvolveu-se a malha ferroviária em direção a São Paulo (capital) e a Santos (porto). Viu-se nesse momento o surgimento de uma elite empresarial nova e dinâmica que soube usar o Estado como instrumento dos seus interesses.
Outros produtos como algodão, cacau, couros e peles e borracha também tiveram seu destaque nesse período.
Podemos também notar nesse período um surto manufatureiro motivado principalmente por alguns fatores como: Tarifa Alves Branco (1844) que aumentando o preço de produtos estrangeiros favoreceu a produção nacional; A Lei Eusébio de Queiroz que proibindo o trafico de escravos, fez o dinheiro se orientar para investimentos industriais; a presença de imigrantes, mão-de-obra livre, fez aumentar o mercado consumidor interno; e ao pioneirismo de Irineu Evangelista de Souza com seus empreendimentos industriais e comerciais que infelizmente não tiveram apoio do governo.

Política Externa do Segundo Reinado

1) Questão Christie (1863)

Destacam-se nesse período os problemas com relação ao trafico de escravos com a Inglaterra e os incidentes diplomáticos envolvendo o embaixador William Christie. Quando um navio inglês transportava mercadorias para o Uruguai, naufragou no litoral do Rio Grande do Sul e sua carga, resgatada para a costa, acabou sendo roubada. O embaixador inglês no RJ irritado com o fato, exigiu que um oficial inglês acompanhasse as investigações. Enquanto isso, alguns oficiais ingleses embriagados foram presos por autoridades brasileiras. Mesmo com o pagamento da fiança Christie exigiu o pagamento da mercadoria roubada e demissão dos policiais que prenderam os ingleses. Diante da negativa do Brasil ao embaixador este ordena o aprisionamento de cinco navios brasileiros no RJ. Houve vários protestos contra os ingleses e D. Pedro II exigiu que a Inglaterra pedisse desculpas oficiais dos ingleses o que foi negado. Assim, o imperador rompe relações diplomáticas com a Inglaterra. Somente em 1865 as relações foram reatadas.

SEGUNDO REINADO – MOMENTOS FINAIS


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864 a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia.
Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.
Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
Conclusão: Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.
No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
Crise da Monarquia
A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:
• Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;
• Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
• A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;
• Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;
Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.
A Proclamação da República
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições.

4 comentários:

Anônimo disse...

ae arrovane vlw

Anônimo disse...

ae arrovane vlw²

Bruno Douglas disse...

entra ai Arrovani, meu blog de nome e cara nova http://dandobackflip.blogspot.com/

valeu pelo resumo, muito bem pensado ;D

E "eu sou muito seu fã"

Anônimo disse...

aee arovaniii gatinho li esse resumo 10 vezes de tão bom que é